sábado, 5 de junho de 2010

Release do espetáculo "Entre Carmens e Severinas"

O espetáculo Entre Carmens e Severinas, novo trabalho do grupo Flamencantes (Flamenco por Moura e Al compás de Mariita), combina a dança flamenca à cultura nordestina. Na construção da dramaturgia da encenação, o diretor Daniel Moura recorreu aos elementos da escrita de cordel para costurar uma trajetória entre música e baile. O cordel, feito especialmente para o espetáculo, tem autoria de Dulcila Torres e é interpretado ao vivo por Ivete Andrade acompanhada dos músicos Eduardo Bertussi, o diretor musical, e Ricardo Cathala.

As músicas cantadas em português, em sua maioria, são de compositores nordestinos. A escolha partiu de um olhar que teve o feminino como ponto de partida. O roteiro do espetáculo sugere uma sutil passagem por aspectos da vida de uma mulher desde o seu desabrochar como o “mandacaru que fulorá na seca” até a dualidade dos seus sentimentos representados “entre a serpente e a estrela”.

O figurino de Entre Carmens e Severinas, assim como a escolha das músicas e do cordel, foi construído a partir da escolha de alguns elementos recorrentes maneira de vestir e no modo de utilização de tecidos em decorações, reconhecíveis em algumas capitais nordestinas. O fuxico e a renda foram os primeiros elementos pensados na composição dos trajes, a idéia era vestir as roupas freqüentemente usadas nesta dança, com peças e adereços feitos deste material. A juta e o algodão grosso são outros elementos que contribuíram na constituição de uma idéia de vestir mais rústico somado ao traje flamenco. Bicos de renda, crochê e recortes de chita contribuem para um acabamento mais refinado em contraste com as texturas mais rugosas da juta e do algodão grosso, por exemplo. A orientação do figurino é de André Masseno e a execução é de Vivanice Borges.

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